Os chefes militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que estiveram ontem de visita à Guiné-Bissau consideraram que o nível de segurança no país “baixou desde de Setembro”.
A conclusão foi transmitida aos jornalistas pelo Chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas da Costa do Marfim, no final de uma
reunião de trabalho da comissão de chefes militares da CEDEAO com o
homólogo guineense, António Indjai.
“Em termos gerais a situação do país é normal, mas em termos de segurança podemos dizer que baixou desde de Setembro, com alguns acontecimentos que nos deixam preocupados”, realçou o general Soumaila Bakayoko.
O general, que falava também em nome dos chefes dos Estados-Maiores Generais do Senegal, Burkina-Faso e Nigéria, que o acompanharam, disse que os responsáveis militares quiseram saber o que se passa e que medidas podem ser tomadas para ajudar a Guiné-Bissau.
“Em termos gerais a situação do país é normal, mas em termos de segurança podemos dizer que baixou desde de Setembro, com alguns acontecimentos que nos deixam preocupados”, realçou o general Soumaila Bakayoko.
O general, que falava também em nome dos chefes dos Estados-Maiores Generais do Senegal, Burkina-Faso e Nigéria, que o acompanharam, disse que os responsáveis militares quiseram saber o que se passa e que medidas podem ser tomadas para ajudar a Guiné-Bissau.
Soumaila Bakayoko, que mencionou as recentes manifestações de jovens nas ruas de Bissau, referiu as situações de confronto físico com os soldados como “sinais preocupantes”. As centenas de jovens, que se manifestaram na terça-feira nas ruas de Bissau, danificaram viaturas e atiraram pedras contra a Embaixada da Nigéria, onde diziam estar escondido um homem que tentara raptar uma criança. No mesmo dia, um nigeriano foi linchado por moradores de um bairro periférico de Bissau.
A população tem associado os alegados raptos de crianças a elementos da comunidade nigeriana radicada na capital guineense.
Os chefes militares da CEDEAO afirmaram que querem ajudar a melhorar a situação de segurança na Guiné-Bissau para as eleições gerais de 24 de Novembro decorrerem com “total tranquilidade”, sublinhou Soumaila Bakayoko.
A Guiné-Bissau é dirigida desde o golpe militar de Abril de 2012 por um governo de transição não reconhecido pela maioria da comunidade internacional.Os representantes especiais do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas e da CEDEAO na Guiné-Bissau advertiram as autoridades de transição do país que o Conselho de Segurança da ONU pode aplicar novas sanções “se continuarem as violações dos direitos humanos”.
A advertência está expressa numa carta enviada ao Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, intitulada “Situação dos Direitos Humanos” e assinada pelos representantes especiais do Secretário-Geral da ONU, Ramos-Horta, e do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Ansumana Ceesay.
“Temos de deixar aqui expresso que a verificar-se a continuação desses actos de abuso de poder, prepotência e violação de direitos humanos, o Conselho de Segurança acciona mecanismos para sancionar as instituições e/ou individualidades, civis e militares implicadas”, lê-se na carta.
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