Ao
ler figuras politicas de destaque candidatas a lideranças
partidárias e em consequência directa ou indirectamente à
governação do país, ou ainda o que é escrito sobre as mesmas,
fico com sérias dificuldades em compreender onde está o
politico/dirigente/líder e o comerciante das riquezas da Gbissau.
Como
é possível a actividade daqueles na área supostamente económica
se sobreponha à actividade politica de consciencialização,
mobilização social da população c/ procura e proposta de
projectos que possam levar o país para um Estado estruturado, para
que então sim, possa negociar interesses estratégicos nacionais com
terceiros ??
Sobre
que premissas para a defesa dos interesses do povo guineense estão a
ser salvaguardados nos “contratos/promessas” com estrangeiros,
por parte de “governantes virtuais” ??
Até
que ponto estará o país hipotecado, quando conseguir uma
estabilidade governativa democrática ??
"A esfera dos interesses que domina o país favorece o avanço de um deserto ético". Karel Kosic na sua Dialéctica da Moral alertava para o risco da esfera dos interesses ser dominante nas sociedades e para os riscos que todos corríam. É nisso que agora estamos. A esfera dos interesses devorou a esfera do ético. A resistência ética é essencial ao equilíbrio social.
(C.F., 10/2013)
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