O Conselheiro Especial do Presidente de transição para as questões das comunidades disse, esta terça-feira, 15 de Outubro, que as questões de natureza étnico-tribal estão ensombrar a comunidade muçulmana da Guiné-Bissau.
Candjura Indjai referia-se sobretudo aos
períodos das grandes celebrações que ocorrem nos calendários muçulmanos,
nomeadamente as festas de Tabaski e do Ramadão.
«É injusto, existe um problema tribal porque alguns ´mandingas´ rezaram hoje e alguns ´fulas´ vão rezar amanhã. Paremos com isto», disse Candjura Indjai.
Em exclusivo à PNN pouco depois da oração desta terça-feira, na qual participou também o antigo ministro das Finanças Bubacar Demba Dahaba, Candjura Indjai mostrou-se estranho à decisão tomada pelo Governo, em anunciar o feriado nacional para 16 de Outubro, data que ficou fixada para as orações no país.
«Quero saber quem anunciou esta data porque vai pagar caro, com o regresso do Presidente de transição ao país. Eu sou o conselheiro para as duas comunidades religiosas», questionou Indjai, informando que a religião não se aplica com a força mas sim com o consenso.
O Conselheiro Especial do Presidente de transição lembrou que é um dos actores da afirmação do actual regime no país, pelo que entende que a sua opinião é válida num assunto que diz respeito ao Estado da Guiné-Bissau, sobretudo quando se trata da sua área de jurisdição.
Neste sentido, o responsável lembrou ainda que na celebração do Ramadão a reza foi realizada em dois dias, tendo advertido que, para ter um bom Estado, é necessário que este seja mesmo um «Estado laico».
«Se da última vez não foi decretado um dia para rezar, porque desta vez isto foi verificado? Estou mesmo surpreendido e magoado», disse o responsável pelo aconselhamento em questões comunitárias.
Sem citar nomes, o Conselheiro de Serifo Nhamadjo acusou algumas organizações islâmicas de terem trabalhado em sintonia com o Governo, no sentido de ser determinada a referida data.
«Alguém está por detrás de tudo isto porque houve quem tenha anunciado esta data. Temos o mesmo calendário que a Arábia Saudita e, em Meca, a reza realiza-se hoje. Porque é que não podemos rezar hoje», questionou Candjura Indjai.
A terminar, o Conselheiro ponderou colocar o seu cargo à disposição por considerar que foi grave a medida anunciada pelo Governo, em determinar o 16 de Outubro para a reza. Contudo, Indjai admitiu que não era obrigatório ter sido consultado mas que tem palavra proferir sobre um assunto desta natureza.
«É injusto, existe um problema tribal porque alguns ´mandingas´ rezaram hoje e alguns ´fulas´ vão rezar amanhã. Paremos com isto», disse Candjura Indjai.
Em exclusivo à PNN pouco depois da oração desta terça-feira, na qual participou também o antigo ministro das Finanças Bubacar Demba Dahaba, Candjura Indjai mostrou-se estranho à decisão tomada pelo Governo, em anunciar o feriado nacional para 16 de Outubro, data que ficou fixada para as orações no país.
«Quero saber quem anunciou esta data porque vai pagar caro, com o regresso do Presidente de transição ao país. Eu sou o conselheiro para as duas comunidades religiosas», questionou Indjai, informando que a religião não se aplica com a força mas sim com o consenso.
O Conselheiro Especial do Presidente de transição lembrou que é um dos actores da afirmação do actual regime no país, pelo que entende que a sua opinião é válida num assunto que diz respeito ao Estado da Guiné-Bissau, sobretudo quando se trata da sua área de jurisdição.
Neste sentido, o responsável lembrou ainda que na celebração do Ramadão a reza foi realizada em dois dias, tendo advertido que, para ter um bom Estado, é necessário que este seja mesmo um «Estado laico».
«Se da última vez não foi decretado um dia para rezar, porque desta vez isto foi verificado? Estou mesmo surpreendido e magoado», disse o responsável pelo aconselhamento em questões comunitárias.
Sem citar nomes, o Conselheiro de Serifo Nhamadjo acusou algumas organizações islâmicas de terem trabalhado em sintonia com o Governo, no sentido de ser determinada a referida data.
«Alguém está por detrás de tudo isto porque houve quem tenha anunciado esta data. Temos o mesmo calendário que a Arábia Saudita e, em Meca, a reza realiza-se hoje. Porque é que não podemos rezar hoje», questionou Candjura Indjai.
A terminar, o Conselheiro ponderou colocar o seu cargo à disposição por considerar que foi grave a medida anunciada pelo Governo, em determinar o 16 de Outubro para a reza. Contudo, Indjai admitiu que não era obrigatório ter sido consultado mas que tem palavra proferir sobre um assunto desta natureza.
(in:pnn)
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