O Governo de Timor-Leste anunciou hoje, em comunicado, a criação de uma Missão de Apoio ao Processo Eleitoral na Guiné-Bissau com um financiamento de seis milhões de dólares (cerca de 4,3 milhões de euros).
"O Governo de Timor-Leste decidiu criar uma Missão de Apoio ao Processo
Eleitoral na Guiné-Bissau. Esta missão, com um financiamento do Estado
timorense no valor de seis milhões de dólares, tem como principal
objetivo contribuir para a preparação do processo eleitoral", refere o
documento.
Segundo o comunicado, o apoio vai incidir sobretudo na fase de
recenseamento eleitoral "que é crucial para resultados democráticos
credíveis".
O comunicado do Governo refere também que a Missão de Apoio ao Processo
Eleitoral na Guiné-Bissau vai trabalhar em "estreita articulação" com o
Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz naquele país,
liderada pelo antigo chefe de Estado timorense José Ramos-Horta, e vai
dar assistência ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral
guineense, que vai integrar na equipa técnicos timorenses.
A missão timorense vai chegar a Bissau na próxima semana e vai permanecer no país por um período de quatro meses.
"A missão conta com a elevada capacidade técnica e experiência no âmbito
da realização de eleições legislativas e presidenciais que Timor-Leste
tem vindo a acumular, decorrente da sua história recente e de situação
de pós-conflito", refere o comunicado.
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, realizou uma visita
de trabalho à Guiné-Bissau no início de outubro para conhecer de perto
as dificuldades existentes no país.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um Presidente e um Governo de
transição na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO)
determinou que o período de transição tinha que terminar antes do final
deste ano com a organização de eleições gerais, que estão marcadas para
24 de novembro.
Com o prazo já comprometido, Ramos-Horta defende que a ida às urnas não
deve acontecer para lá das primeiras semanas de 2014 e uma nova data
para o escrutínio deve ser anunciada hoje na cimeira de chefes de Estado
e de Governo da CEDEAO, em Dacar, Senegal.
(in:lusa)
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