SEGUNDO A 'FAO' Insegurança alimentar e subnutrição na Guiné-Bissau “são alarmantes”
Os indicadores de insegurança alimentar e subnutrição na Guiné-Bissau
"são alarmantes", destacou hoje o representante no país da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Joachim
Laubhouet-Akadie.
(foto: EPA) |
Aquele responsável falava durante as comemorações do Dia Mundial da
Alimentação que decorreram em São Domingos, no norte do país, junto à
fronteira com o Senegal.
A iniciativa juntou a população e uma
comitiva com membros do Governo de transição e representantes de
organismos internacionais.
"Na Guiné-Bissau, 27 por cento das
crianças sofrem de subnutrição crónica, cinco por cento da população
rural tem uma dieta alimentar pobre e 20 por cento das comunidades
rurais vivem com falta de comida", sublinhou.
O representante da
FAO deixou um apelo a todos os parceiros para que seja possível mitigar
as dificuldades provocadas pela má campanha de caju, que reduziu o
rendimento das famílias guineenses disponível para comprar comida.
Antes
de chegar a São Domingos, a comitiva visitou alguns bons exemplos de
produção agrícola, pelo menos na apreciação das autoridades locais.
Às
portas da capital, uma empresa designada Agrosafim, composta por
portugueses, está há cerca de um ano a plantar tomate, pepino, pimento,
hortaliça e alface para abastecer os mercados em redor.
A firma marca a diferença porque recorre a estufas e sistemas mecanizados que ainda não são usados na Guiné-Bissau.
Já perto de São Domingos, o programa incluiu uma visita a uma associação que rentabilizou oito hectares de terra.
Apesar
de não haver máquinas, o trabalho manual de mais de 300 pessoas permite
colher mandioca, milho, amendoim e produtos hortícolas.
Condições
naturais não faltam, pelo que o ministro de Estado, Fernando Vaz,
sublinhou a necessidade de haver "investimento na agricultura
mecanizada" como um passo importante para o país garantir a auto-suficiência alimentar.
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