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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Líderes juvenis esperam que sejam eleitos os dirigentes "mais capacitados"

Os líderes juvenis da Guiné-Bissau esperam que o país "mude para melhor" a partir das eleições gerais de 13 de abril e que o povo saiba eleger os dirigentes "mais capacitados".



Dito Max, presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Osvaldo Nanque, líder da Rede Nacional das Associações Juvenis (Renaj) e Silvino Mendonça, secretário executivo do Fórum da Juventude e População, defendem, em declarações à Lusa, que as eleições "constituem mais uma oportunidade" para o país.
Estudante da Faculdade de Direito de Bissau, Osvaldo Nanque é da opinião que os eleitores deviam aproveitar antes as eleições para "indagarem de forma séria" os candidatos e partidos sobre as suas propostas para mudar o país "como dizem".
"É preciso saber primeiro o que é que [os políticos] pensam fazer para tirar o país do marasmo em que se encontra", defendeu o presidente da Renaj, no que é seguido também por outros responsáveis juvenis.

Por seu lado, Silvino Mendonça destaca que o problema "está em saber escolher" dirigentesque vão interpretar a mudança necessária.
Diz ser fundamental evitar "os erros do passado" em que, enfatiza, o povo "elegeu às cegas".
"Já tivemos muitas eleições, mas sempre passamos por momentos dececionantes", observou o líder do Fórum da Juventude e População - plataforma juvenil que trabalha na áreas da saúde reprodutiva e doenças sexualmente transmissíveis e cujas ações são financiadas pelo FNUAP (Fundo das Nações Unidas para a População).

Para Dito Max, do CNJ "mais uma vez" o povo "tem nas mãos o poder" para decidir o seu futuro que, disse, deve passar pela erradicação "da instabilidade que muitos dizem ser já crónica" na Guiné-Bissau, frisou.
"Se escolhermos pessoas capazes no dia 13 de abril vamos poder fazer uma rutura total com o passado", afirmou Max, salientando que o passado da Guiné-Bissau constitui já "uma vergonha" quando o país tem gente capaz e recursos para promover a mudança.
Ter um país "respeitado e que se dá ao respeito", não só a nível sub-regional do continente africano, mas no mundo, seria muito bom para Dito Max, mas para Silvino Mendonça, se o povo elegesse governantes capazes de promover reformas no sistema educativo "já valeria a pena".

Para Osvaldo Nanque a votação de 13 de abril só fará sentido se daí resultar um Governo que coloque o combate à pobreza no centro das prioridades.
No entanto, os três líderes criticam a atitude dos jovens na campanha eleitoral, salientando que, ao invés de questionarem os candidatos a governantes sobre as suas verdadeiras estratégias, passam o tempo a animar as ações das candidaturas.

"Os jovens deviam reivindicar mais e provocar a mudança, mas na verdade acabam por aderir ou apoiar às candidaturas sem reivindicar nada", conclui Silvino Mendonça.
As eleições gerais (presidenciais e legislativas) na Guiné-Bissau estão marcadas para 13 de abril com 13 candidatos presidenciais e 15 partidos a concorrer à Assembleia Nacional Popular.




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