Quarenta dirigentes africanos anunciaram que estarão presentes
na cimeira sobre a paz e a segurança em África, organizada pela França
nos dias 06 e 07 de Dezembro em Paris, seis outros foram considerados
"persona non-grata", segundo a presidência francesa, citada pela AFP.
Estarão igualmente presentes o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, os
dirigentes europeus, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso,
assim como a presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana
Dlamini-Zuma.
Os chefes de Estado que caíram nas malhas da justiça internacional e os
que foram excluídos da União Africana, não foram convidados.
Figuram entre os não convidados o presidente sudanês, Omar el-Béchir,
que é objecto de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional
(TPI), do Zimbabwe, Robert Mugabe, cujo país é atingido pelas sanções
europeias e americanas.
Os dirigentes dos seis países excluídos da UA constante na lista são a
Guiné-Bissau, a República Centro-Africana, Madagáscar e o Egipto que não
serão representados ao nível de chefe de Estado, precisou nesta
quinta-feira o Eliseu (presidência francesa).
Entretanto, o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, perseguido pelo TPI
foi convidado, que segundo Paris, por ter colaborado com esta
jurisdição.
O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, estará ausente devido ao
seu estado de saúde.
A Argélia será representada pelo Primeiro-ministro,
Abdelmalek Sellal.
Anunciado em finais de Maio em Addis Abeba por François Hollande durante
a 50º aniversário da criação da Organização de Unidade africana,
rebatizada por União Africana em 2002, a cimeira será dominada pelas
questões de defesa e de segurança.
"A segurança de África, isto é assunto dos Africanos, isso que não
impede que um país como a França ou que a Europa, vêm em apoio", havia
então declarado o presidente francês.
Essas questões serão objecto de uma primeira ronda a porta-fechada, a 06
de Dezembro, no decurso da qual a cimeira vai debruçar-se sobre as
"ameaças transversais" que ameaçam a África, nomeadamente, o terrorismo,
pirataria, fronteiras porosas ou tráficos, bem como a criação de uma
força de intervenção rápida.
Os chefes de Estado e o governo examinaram , no segundo dia dos
trabalhos, a parceria económica e o desenvolvimento, sobre a base de um
relatório que deve ser entregue ao ministro francês das Finanças, Pierre
Moscovici.
A cimeira encerrará após uma ronda sobre questões climáticas, nas
perspectivas da Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças
climáticas que será acolhida pela França em 2015.
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