O PRESIDENTE da Nigéria, Goodluck Jonathan, que ontem visitou a Guiné-Bissau, apelou às Forças Armadas do país para assumirem "um compromisso com a paz e a estabilidade".
Num
discurso perante os deputados locais, o chefe de Estado nigeriano
afirmou que os militares guineenses deram uma "valiosa contribuição"
para a libertação do país, mas "agora devem firmar um compromisso com a
paz e a estabilidade".
Na
presença das chefias militares, membros do governo e corpo diplomático,
Goodluck Jonathan exortou os militares a respeitarem o poder civil, a
Constituição e as leis da República. Para o presidente nigeriano, tanto
os militares como os responsáveis políticos "são importantes", desde que
cada um assuma as suas responsabilidades.
Goodluck
Jonathan apelou igualmente à comunidade internacional, particularmente à
União Africana e a União Europeia, para levantarem as sanções impostas à
Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado militar perpetrado pelo
chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai, em Abril de
2012. "As sanções não ajudam à reconciliação dos guineenses", observou
Jonathan, num discurso interrompido por quatro vezes devido as falhas de
electricidade no hemiciclo guineense.
Numa
das falhas de electricidade, segundo a Lusa, o presidente nigeriano
continuou o seu discurso, embora pouco audível na sala. Goodluck
Jonathan aproveitou a ocasião para reforçar o compromisso do seu país
para com o processo de transição na Guiné-Bissau e afirmou que pretende
ver as eleições gerais realizadas "no mais curto espaço de tempo
possível" para que seja formado um "bom governo".
A
este propósito, realçou que a Nigéria "não tem nenhum outro interesse"
na Guiné-Bissau para além de "ajudar um país irmão, de forma fraterna".
Sobre
os incidentes ocorridos há um mês em Bissau, que resultaram na morte de
um cidadão nigeriano e no apedrejamento da embaixada deste país,
Goodluck Jonathan pediu um esclarecimento do sucedido e exortou as
autoridades a levarem à justiça "os que incitam à violência".
O
chefe de estado reuniu-se de seguida com as chefias militares e com o
presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, no Palácio da
República.
(in:jn)
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