A
COMISSÃO Estratégica da Guiné-Bissau que tem como missão preparar os
meses pré-eleitorais e o futuro do país organizou na semana encontros de
reflexão com várias personalidades nacionais, nos quais foram debatidos
temas relacionados com a economia, a situação social, a reforma e a
modernização do Estado e o desenvolvimento local.
"Todos
somos poucos para responder aos desafios da Guiné-Bissau", justificou à
agência Lusa o coordenador da comissão, Huco Monteiro.
Em
articulação com o Ministério da Economia e Desenvolvimento, aquele
organismo está a trabalhar num plano de curto prazo "para identificar e
propor ao Governo que sair das próximas eleições, as prioridades e
medidas" que devem orientar a agenda política, referiu.
A cada participante foi lançado o desafio de indicar dez prioridades para o país.
No
âmbito das suas actividades, a Comissão Nacional de Planeamento e de
Coordenação Estratégica já elaborou também um Plano de Urgência para
atacar os principais problemas do país até final do ano e vai preparar
uma mesa redonda de doadores.
800 MIL ELEITORES
Entretanto, o governo guineense conta recensear 800 mil eleitores no país e na Diáspora.
O
ministro da Administração do Território, Batista Té, disse que o número
previsto supera em 200 mil o número de eleitores que está registado
desde o último recenseamento, realizado em 2008, com cerca de 600 mil
pessoas nos cadernos eleitorais.
Batista
Té falava à Lusa depois de o presidente de transição ter assinado, na
sexta-feira, o decreto que adia as eleições gerais de 24 de Novembro
para 16 de Março de 2014.
De
acordo com o governante, "mais de três mil pessoas vão estar
mobilizadas no recenseamento que deve arrancar, impreterivelmente, no
dia 1 de Dezembro".
O Presidente Serifo Nhamadjo será o primeiro a ser registado e receberá o cartão número 1.
O
processo eleitoral (incluindo o recenseamento) está orçado em cerca de
14 milhões de euros e já foi considerado exagerado por Ramos-Horta, o
representante especial das Nações Unidas em Bissau. Mas, para Batista
Té, olhando "às necessidades do processo eleitoral, é errado dizer que o
orçamento é exagerado". "Muita gente fala sem conhecimento de causa",
sublinha, acrescentando que as contas foram feitas "juntamente com
técnicos das Nações Unidas", pelo que não consegue "compreender" as
críticas.
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