O Representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan, disse esta segunda-feira, 18 de Novembro, em declarações exclusivas à PNN, que há sinais preocupantes no que respeita ao tráfico de menores no país.
«É preocupante. Parece que estamos perante uma
situação em que a preocupação dos pais em garantir educação religiosa
aos seus filhos começa a ser explorada por pessoas que se aproveitam das
suas vulnerabilidades», disse o Representante da UNICEF em Bissau.
Em declarações exclusivas à PNN, Abubacar Sultan referiu que esta prática pode ser considerada quando um pai leva o seu filho e o deixa ao cuidado de outras pessoas, enquanto alguém sem escrúpulos actua de forma ilegal, passando por todos os parceiros legais, e faz o recrutamento de crianças com uma intenção diferente das expectativas dos pais.
Neste sentido, o diplomata moçambicano ao serviço da UNICEF concluiu que, quando assim acontece, trata-se de uma tentativa de exploração.
«Para nós é simplesmente uma tentativa de retirada das crianças para fins de exploração, o que, tanto nos patrões internacionais como na legislação da Guiné-Bissau, consiste numa situação de tráfico de menores», denunciou Abubacar Sultan.
Para pôr fim a esta prática, o Representante da UNICEF disse haver a necessidade de realização de um trabalho junto das famílias, que inclua líderes locais, para fornecer o que está em falta, que passa pela educação religiosa local.
«Esta situação precisa de uma abordagem complexa porque não pode depender do trabalho da polícia ou da aplicação das leis. Deve ter uma frente de articulação dando o que falta às famílias, que passa pela educação religiosa aos seus filhos, fornecida no sítio mais próximo pelos imames e mestres locais», disse.
O responsável máximo da UNICEF em Bissau disse ainda que estas apostas devem abranger a educação formal e religiosa, tratando-se de uma das formas de combater as práticas de tráfico de crianças.
«Uma vez que as famílias se sintam menos vulneráveis com a educação fornecida localmente aos seus filhos, serão menos propícias a ser usadas como alvo de predadores que se vão servir desta mesma vulnerabilidade», referiu Abubacar Sultan.
O Representante da UNICEF informou também que as crianças interceptadas em Buba, na semana passada, já estão a ser encaminhadas de regresso às casas dos seus familiares, juntamente com a população de Kansala, no Tombali de Baixo.
«Elas já partiram de Buba e os pais e as famílias foram identificados. Tratou-se de um trabalho em conjunto entre as Nações Unidas em Buba, com o apoio da UNICEF e de outras organizações, depois de terem sido autorizadas pelas autoridades judiciais com conhecimento do Governo regional de Tombali», informou Abubacar Sultan.
A terminar, o diplomata disse ter registado, durante a sua permanência em Buba, muitos jovens revoltados com a situação das crianças que foram transportadas com destino à Gâmbia.
«As crianças são uma ´zona sagrada´ que não deve ser tocada. São o bem mais precioso da Guiné-Bissau. Assisti, em Buba, a jovens e mulheres indignados com a situação, e este tipo de indignação nacional deve acontecer com qualquer tipo de abuso ou violação que possa surgir contra qualquer criança da Guiné-Bissau.
Abubacar Sultan fez as declarações à PNN à saída do encontro que manteve com Ministro do Interior, António Suca Ntchama.
Em declarações exclusivas à PNN, Abubacar Sultan referiu que esta prática pode ser considerada quando um pai leva o seu filho e o deixa ao cuidado de outras pessoas, enquanto alguém sem escrúpulos actua de forma ilegal, passando por todos os parceiros legais, e faz o recrutamento de crianças com uma intenção diferente das expectativas dos pais.
Neste sentido, o diplomata moçambicano ao serviço da UNICEF concluiu que, quando assim acontece, trata-se de uma tentativa de exploração.
«Para nós é simplesmente uma tentativa de retirada das crianças para fins de exploração, o que, tanto nos patrões internacionais como na legislação da Guiné-Bissau, consiste numa situação de tráfico de menores», denunciou Abubacar Sultan.
Para pôr fim a esta prática, o Representante da UNICEF disse haver a necessidade de realização de um trabalho junto das famílias, que inclua líderes locais, para fornecer o que está em falta, que passa pela educação religiosa local.
«Esta situação precisa de uma abordagem complexa porque não pode depender do trabalho da polícia ou da aplicação das leis. Deve ter uma frente de articulação dando o que falta às famílias, que passa pela educação religiosa aos seus filhos, fornecida no sítio mais próximo pelos imames e mestres locais», disse.
O responsável máximo da UNICEF em Bissau disse ainda que estas apostas devem abranger a educação formal e religiosa, tratando-se de uma das formas de combater as práticas de tráfico de crianças.
«Uma vez que as famílias se sintam menos vulneráveis com a educação fornecida localmente aos seus filhos, serão menos propícias a ser usadas como alvo de predadores que se vão servir desta mesma vulnerabilidade», referiu Abubacar Sultan.
O Representante da UNICEF informou também que as crianças interceptadas em Buba, na semana passada, já estão a ser encaminhadas de regresso às casas dos seus familiares, juntamente com a população de Kansala, no Tombali de Baixo.
«Elas já partiram de Buba e os pais e as famílias foram identificados. Tratou-se de um trabalho em conjunto entre as Nações Unidas em Buba, com o apoio da UNICEF e de outras organizações, depois de terem sido autorizadas pelas autoridades judiciais com conhecimento do Governo regional de Tombali», informou Abubacar Sultan.
A terminar, o diplomata disse ter registado, durante a sua permanência em Buba, muitos jovens revoltados com a situação das crianças que foram transportadas com destino à Gâmbia.
«As crianças são uma ´zona sagrada´ que não deve ser tocada. São o bem mais precioso da Guiné-Bissau. Assisti, em Buba, a jovens e mulheres indignados com a situação, e este tipo de indignação nacional deve acontecer com qualquer tipo de abuso ou violação que possa surgir contra qualquer criança da Guiné-Bissau.
Abubacar Sultan fez as declarações à PNN à saída do encontro que manteve com Ministro do Interior, António Suca Ntchama.
(in:pnn)
Isto vai ficar só de conversa?
ResponderEliminaristo vai ficar so de conversa o que os organizações vão fazer uma coisa em bem estar das nossas crianças?
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