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sábado, 9 de novembro de 2013

CPLP vai "envolver-se intensamente" no processo de paz na Guiné-Bissau

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, afirmou ontem, em Macau, que a organização vai envolver-se intensamente no processo de paz na Guiné-Bissau.

"Posso dizer neste momento que a CPLP está com a Guiné-Bissau, eu pessoalmente vou-me envolver intensamente neste processo e acredito que, em breve trecho, vamos ter estabilidade no país para que possa iniciar as reformas necessárias", disse o dirigente da organização em declarações à agência Lusa no final de um encontro, em Macau, com o primeiro-ministro de transição da Guiné-Bissau, Rui Duarte Barros.

Entre essas reformas necessárias, Murade Murargy salientou a das "Forças Armadas, a administrativa e financeira", de modo a que a "Guiné-Bissau tenha as bases necessárias para o desenvolvimento económico e social, que tem todas as condições para fazer".

No encontro com o primeiro-ministro de transição guineense, no qual marcou também presença o ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Murargy salientou o "compromisso da CPLP de se engajar no processo, de continuar a engajar-se no processo - não é que não estivesse engajada - na Guiné-Bissau".

"A situação está clara, embora difícil, mas a presidência da CPLP encorajou o Governo de transição da Guiné-Bissau para que prossiga a linha que traçou, que é o processo eleitoral, portanto, o recenseamento eleitoral como as eleições que terão lugar no próximo ano", constatou.

Ao reconhecer que há "problemas no caminho" em direção à paz, o secretário-executivo da CPLP disse acreditar que, "com a cooperação de todas as partes envolvidas, vai-se encontrar uma saída para o povo da Guiné-Bissau, que acreditamos que tem toda a capacidade de poder resolver os problemas internos que neste momento está a viver".

Instado a apontar quais problemas a que se referia, Murade Murargy indicou que são relativos ao "financiamento, pois é necessário reunir os recursos que são necessários, e à reforma das Forças Armadas".

"O termo problemas não é bem correto, são desafios, que tanto os guineenses como a comunidade internacional terão que fazer face para se poder encontrar uma estabilidade na Guiné-Bissau", concluiu.

(in:lusa)
 

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