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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

China envia “solução de emergência” à Guiné-Bissau depois do Fórum Macau

A Guiné-Bissau vai receber “já” da China um “acordo de assistência” no valor de 140 milhões de dólares em alimentos. Ao HM, Malam Becker Camara diz que projectos de infra-estruturas também foram aprovados



A presença da delegação governamental da Guiné-Bissau no Fórum Macau correu tão bem que Rui Duarte Barros, primeiro-ministro, decidiu realizar o balanço do evento no próprio país ao invés de Macau, como estava agendado. A garantia foi dada ao HM por Malam Becker Camara, representante do país no Fórum Macau, que diz ainda que todos os objectivos propostos inicialmente foram conseguidos.

Foi selado “um acordo de emergência e de assistência da China à Guiné-Bissau no valor de 140 milhões de dólares, que se comprometeu a enviar já uma ajuda em cereais e outros produtos alimentares”. Ficou ainda prometida a análise e apoio financeiro “de alguns projectos de energia para uma barragem hidroeléctrica, de portos de águas profundas. Tudo o que tínhamos projectado teve uma receptividade óptima pelas autoridades chinesas, por isso consideramos que valeu muito a pena a vinda do primeiro-ministro”. Tudo poderá ser realizado “num futuro breve”.

Com isto, “foi demonstrada a pretensão da Guiné em relançar a nossa cooperação e tornar esta relação com a China sendo um parceiro estratégico”.
Incidente será “ultrapassado”

A conferência de imprensa que estava agendada para ontem em nada teve a ver com a agressão de que foi vítima o ministro guineense Orlando Viegas, com a pasta dos transportes, e que é ainda dirigente do Partido de Renovação Social.
“A delegação teve outra agenda e preferiu-a. A situação do país está na normalidade. Do que tenho seguido, foram tomadas as devidas medidas pelas autoridades e não há nada demais. Acredito que vai ser ultrapassado.”
Malam Becker Camara concorda que a instabilidade política que o país vive neste momento não ajuda ao fomento económico. As eleições voltaram a ser adiadas para o próximo ano, por falta de fundos. “Tudo está a encaminhar-se para a realização das eleições. Em termos de estabilidade política temos consciência de que afecta em certa medida o desenvolvimento e estamos a fazer por isso. Estamos a tentar resolver o problema dessa variável.”

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