Um responsável timorense que está a colaborar com o recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau alertou nesta quarta-feira que serão necessárias equipas a trabalhar continuamente a partir de quinta-feira para começar o processo.
Tomás Cabral, secretário de Estado
para os Assuntos de Descentralização Administrativa de Timor-Leste,
afirmou que a Guiné-Bissau vai precisar de ter equipas a trabalhar 24
horas por dia a partir de quinta-feira se quiser ter pelo menos metade
dos computadores necessários prontos no primeiro dia de recenseamento
eleitoral.
As eleições gerais guineenses estão marcadas
para 16 de Março de 2014 e o governo já anunciou que pretende registar
800 mil pessoas de 1 a 21 de Dezembro, data marcada para o
recenseamento.
Segundo as autoridades de transição guineenses, Timor-Leste financia parte do equipamento a usar no processo eleitoral.
Para o efeito, deverão chegar na quinta-feira, por via aérea, 123 dos 200 "kits" de equipamento para registar os eleitores.
Cada
conjunto inclui um computador portátil, máquina fotográfica,
equipamento para leitura das impressões digitais, equipamento de códigos
de barras e geradores (que já se encontram em Bissau), de forma a
permitir realizar o recenseamento em qualquer ponto do país.
Segundo Tomás Cabral, não possível encomendar os 200 conjuntos e os 77 em falta deverão chegar até 1 de Dezembro.
Aquele
responsável estima que, depois de o material chegar à capital da
Guiné-Bissau, sejam necessários 10 dias de trabalho ininterrupto, "24
horas por dia", com as equipas definidas pelas autoridades guineenses
para ter 123 máquinas prontas a funcionar no dia 1.
"Cada 'laptop' [computador portátil] demora cinco horas, no mínimo", a ser preparado, sublinhou.
Tomás
Cabral falava aos jornalistas em Bissau, à margem de um encontro com
Ramos- Horta, representante especial da Organização das Nações Unidas
(ONU) na Guiné-Bissau.
"A situação exige que se trabalhe 24 horas por dia", acrescentou Ramos-Horta.
(in:angop)
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