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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Encarregado de Negócios diz não poder desmentir ter sido chamado por Lisboa

O encarregado de negócios da Guiné em Lisboa disse hoje não poder "desmentir" ter sido chamado pela diplomacia portuguesa a propósito do caso dos cidadãos sírios que viajaram de Bissau para o aeroporto da Portela. 


 Em comunicado divulgado hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português informou ter "chamado" o encarregado de negócios da Guiné-Bissau para lhe transmitir "a gravidade" do episódio do embarque de cidadãos sírios com documentos falsos no aeroporto de Bissau, com destino a Lisboa. 


Confrontado com a chamada da diplomacia portuguesa, M'bala Alfredo Fernandes notou, em declarações à Lusa, que a informação "está no site" do Governo de Lisboa. "Se disseram isso, não posso desmentir", admitiu. De resto, limitou-se a dizer: "Neste momento, não posso falar sobre esse assunto."

O "assunto" é o embarque, na madrugada de terça-feira, de 74 passageiros "com documentos comprovadamente falsos no voo TP202 de Bissau para Lisboa", onde foram retidos. Segundo o Instituto da Segurança Social, o grupo, que pediu asilo a Portugal, é constituído por 51 adultos e 23 menores.

O episódio, que a diplomacia portuguesa sublinha ter acontecido apesar "dos alertas das competentes autoridades portuguesas e da companhia aérea", configura "mais uma grave quebra de segurança no aeroporto de Bissau". 

No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português recorda que "as condições de segurança na Guiné-Bissau se deterioraram fortemente após o golpe de Estado de abril de 2012", motivo pelo qual estão desaconselhadas "quaisquer viagens não essenciais àquele país".


(in: dn)
 

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