O encarregado de negócios da Guiné em Lisboa disse hoje não poder "desmentir" ter sido chamado pela diplomacia portuguesa a propósito do caso dos cidadãos sírios que viajaram de Bissau para o aeroporto da Portela.
Em
comunicado divulgado hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros
português informou ter "chamado" o encarregado de negócios da
Guiné-Bissau para lhe transmitir "a gravidade" do episódio do embarque
de cidadãos sírios com documentos falsos no aeroporto de Bissau, com
destino a Lisboa.
Confrontado com a chamada da diplomacia
portuguesa, M'bala Alfredo Fernandes notou, em declarações à Lusa, que a
informação "está no site" do Governo de Lisboa. "Se disseram isso, não
posso desmentir", admitiu. De resto, limitou-se a dizer: "Neste momento,
não posso falar sobre esse assunto."
O "assunto" é o embarque, na
madrugada de terça-feira, de 74 passageiros "com documentos
comprovadamente falsos no voo TP202 de Bissau para Lisboa", onde foram
retidos. Segundo o Instituto da Segurança Social, o grupo, que pediu
asilo a Portugal, é constituído por 51 adultos e 23 menores.
O
episódio, que a diplomacia portuguesa sublinha ter acontecido apesar
"dos alertas das competentes autoridades portuguesas e da companhia
aérea", configura "mais uma grave quebra de segurança no aeroporto de
Bissau".
No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros
português recorda que "as condições de segurança na Guiné-Bissau se
deterioraram fortemente após o golpe de Estado de abril de 2012", motivo
pelo qual estão desaconselhadas "quaisquer viagens não essenciais
àquele país".
(in: dn)
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