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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Estudantes africanos podem fazer graduação gratuitamente no Brasil

Estudantes de países em desenvolvimento com boas notas na escola podem fazer toda a graduação de graça no Brasil por meio de uma bolsa do governo brasileiro chamada Programa de Estudantes-Convénio de Graduação, PEC-G, que oferece cursos superiores nas melhores universidades públicas e privadas do país.


Cabo Verde é o país que tem mais levado alunos para as universidades brasileiras até agora. No total, 1918 cabo-verdianos foram ao Brasil fazer a graduação desde 1993. Desse número, 1164 já se formaram.

O segundo país africano que mais envia estudantes é Guiné-Bissau, seguido de Angola, como explica o coordenador do programa, Hilton Sales Batista.

Para participar da seleção, os estudantes precisam se inscrever em uma das embaixadas ou consulados brasileiros espalhados pelo mundo. As inscrições são abertas geralmente em maio e há cerca de 400 vagas disponíveis por ano.

É preciso enviar a documentação que comprove bom desempenho na escola e provar que possui recursos para pagar moradia e alimentação durante os estudos. Mesmo estudantes de países da comunidade da língua portuguesa precisam fazer o teste de proficiência do português do Brasil.

Segundo Batista, durante a graduação o estudante tem que ter um desempenho acima da média da universidade escolhida e precisa cumprir uma frequência mínima às aulas para não perder a bolsa. Após a formação, eles devem voltar aos seus países para receber o diploma. O objectivo é que, no regresso, usem o conhecimento que adquiriram para melhorar a realidade de suas comunidades.

"O estudante não paga nada para estudar, mas assume responsabilidade de se manter durante alguns anos de graduação, geralmente 4 ou 5 anos. Quando ele se forma, retorna ao seu país, recebe o diploma e ajuda a melhorar a realidade do seu país. Essa é a filosofia do programa", explica Batista.

O estudante cabo-verdiano Hernany Paulo Varela dos Reis, foi ao Brasil estudar Arquitectura na Universidade de Brasília, na capital do Brasil, cidade referência para a arquitectura brasileira.

Ele diz que decidiu fazer a graduação fora porque buscou a qualidade da universidade e pela experiência de morar fora.

"As universidades em Cabo Verde eram recentes em 2009, mas eu preferi procurar uma qualidade de ensino e pela aventura de conhecer novas cidades. E estudar em Brasília é uma oportunidade óptima para qualquer arquitecto", afirma Reis.

Ele se formou neste ano e vai postergar a volta a Cabo Verde porque agora concorre ao mestrado no Brasil.

Para os estudantes que também querem concorrer a bolsas do PEC-G, o site do Ministério da Educação possui informações sobre processo selectivo, cursos disponíveis e data de inscrições: http://portal.mec.gov.br/pec-g.
 
 
 

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