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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Zika: agora a emergência é oficial. OMS apela a esforço internacional

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou ontem os surtos do vírus zika - bem como os casos de microcefalia que têm surgido em bebés - uma "emergência de saúde pública de importância internacional" (PHEIC). A decisão foi tomada no final de uma reunião do Comité de Emergência.


A OMS já accionou o "sistema de gestão de incidentes", recorrendo a um "fundo de contingência" criado recentemente "para financiar a resposta inicial". No entanto, a directora-geral da organização, Margareth Chan, defendeu já a necessidade de uma "resposta internacional coordenada".

Esta foi apenas a quarta vez que a OMS declarou este nível de alerta desde que o conceito de PHEIC foi introduzido, em 2005, à luz dos regulamentos internacionais de saúde (IHR). A primeira aconteceu em abril de 2009, durante a fase 3 da pandemia de gripe suína (H1N1). Em maio de 2014, voltou a ser dado o alerta devido ao ressurgimento da poliomielite, que já tinha sido declarada praticamente erradicada. Finalmente, em agosto de 2014, o surto de ébola, na África Ocidental, ditou o terceiro alerta.

O estatuto de PHEIC implica que a doença "constitua um risco de saúde pública para outros estados [além dos já afectados] através da disseminação internacional da doença" e configure uma situação "fora do comum e inesperada", que poderá implicar "imediata acção internacional".

E foi precisamente a esta que Margareth Chan apelou ontem, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de emergência, defendendo que "uma resposta coordenada é necessária para intensificar a vigilância do vírus zika, a detecção de infecções e de malformações congénitas", para além de "intensificar o controlo dos mosquitos [Aedes aegypti, vectores da doença] e tornar mais expedito o desenvolvimento de testes de diagnóstico e de vacinas".

O controlo das populações de mosquitos, "amplamente distribuídas", é considerado "a medida protectora mais urgente no presente". Até porque os restantes meios de resposta são para já limitados: "A falta de uma vacina, testes rápidos e fiáveis e a ausência de imunidade da população nos novos países afectados" são todos "motivos de preocupação", disse Chan.

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