O Partido da Renovação Social (PRS) ameaçou hoje em comunicado abandonar o governo de transição na Guiné-Bissau, depois de um dos seus ministros ter sido espancado.
A principal força da oposição exigiu hoje às autoridades de transição
que apurem as circunstâncias que levaram ao espancamento de Orlando
Veigas na sua residência, em Bissau.
Em comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, o PRS, do qual a vítima
é um dos vice-presidentes, diz que o político terá sido agredido por
"um grupo de homens armados, encapuzados e armados".
O partido fundado pelo ex-presidente guineense, Kumba Ialá, diz que está
solidário com Orlando Viegas, ministro que no governo de transição
tutela a pasta dos Transportes e Comunicações, pelo "atentado à sua
integridade física".
O PRS responsabiliza os órgãos de transição "pela manifesta ausência de
segurança" no país, apontando para a existência de um "grupo de pessoas
incontroláveis" que, afirma, tenta semear o pânico e o terror.
A estratégia desse grupo, salienta o PRS, é perturbar o processo de transição a fim de servir os seus interesses pessoais.
Ao Procurador-Geral da República (PGR), Abdu Mané, o partido exige uma
explicação cabal "do hediondo ato" para que os mandantes sejam presentes
à justiça sob pena de aquela força política ponderar a continuidade no
governo de transição.
Por seu turno, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), também em comunicado de imprensa, lembra que não é a primeira
vez que civis são alvos de espancamento nos últimos meses.
"Não é o primeiro espancamento de civis nos últimos tempos, mas este
ultrapassa todos os limites. É perfeitamente intolerável que um membro
do governo seja vítima de tais sevícias", lê-se no comunicado.
Para o PAIGC "é urgente por cobro" a tais práticas para que as eleições
gerais, ainda sem uma nova data marcada, possam decorrer num clima de
tranquilidade.
Orlando Viegas encontra-se refugiado na sede das Nações Unidas em
Bissau, onde está a receber tratamento médico na clínica do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
(in:lusa)
Não acredito minimamente, realmente é só ameaças, o poder é doce demais para o deixarem. Eles queriam poder por isso, engendraram o golpe de estado que derrubou o governo eleito democraticamente pelo povo, agora querem tapar os olhos às pessoas. Eu não acredito minimamente neles.
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