COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mais intercâmbio entre universidades lusófonas, deseja Cabo Verde

"Há que prestar particular atenção ao desafio da cooperação eficaz com as instituições associadas em prol da transparência e da troca de conhecimento", sustentou José Maria Neves na abertura do XXV Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que arrancou hoje e decorre até sexta-feira na Cidade da Praia.


"As universidades devem configurar-se em espaços e ambientes onde se engendra um futuro melhor e um ambiente generoso de partilha, bem como de mobilidade de estudantes e professores, de cientistas e investigadores, e toda a cadeia de valores das comunidades académicas", prosseguiu o chefe do Governo cabo-verdiano.

Considerando que a troca de informações e de conhecimentos no mundo universitário "é a alma do sucesso", José Maria Neves referiu que já não basta uma educação básica de qualidade para todos, mas sim um ensino superior de qualidade para todos.

José Maria Neves considerou "determinante" o alargamento do acesso ao ensino superior nos países cujas universidades fazem parte da AULP e disse que há que colocar a promoção da inclusão dos jovens no centro da atividade académica.

O XXV Encontro da AULP, onde serão debatidos os desafios do ensino superior após os Objetivos do Desenvolvimento do Milénio, conta com a presença de mais de 250 participantes, desde estudantes, docentes a reitores das diversas universidades de Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Portugal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Para o presidente da AULP, Rui Martins, a associação tem vindo a se desenvolver normalmente e tem aumentado a sua importância do ponto de vista científico e académico nos países de língua portuguesa, tendo a cooperação entre as universidades merecido especial atenção.

Rui Martins considerou, porém, que a cooperação depende da autonomia das instituições em se cooperarem entre elas, mas deu como exemplo um acordo que foi assinado durante o encontro entre a Direção Geral do Ensino Superior de Cabo Verde e a Universidade de Macau, para apoio a cinco alunos cabo-verdianos, três em licenciaturas e dois no mestrado.

"Há sempre espaços para melhorar, mas creio que já há muito boa cooperação entre os diversos espaços da língua portuguesa nos diversos países", afirmou o presidente da AULP à Lusa, indicando que o reitor da universidade pública da Guiné Equatorial está a participar como observador no encontro, mas ainda não há qualquer pedido de adesão à associação.

"Quando houver iremos analisar esse assunto. A nossa ideia de associação é alargar ao maior número de membros possíveis que sigam os objetivos da associação e iremos analisar positivamente qualquer candidatura (da Guiné Equatorial) ", garantiu.

Quanto aos desafios do ensino superior após os ODM, o presidente da AULP considerou que passam pela sustentabilidade e autonomia financeira das instituições, dizendo que isso poderá será conseguido com parcerias e com as políticas dos governos para o setor.

Fundada em 1986, a AULP reúne cerca de 150 universidades públicas e privadas e institutos politécnicos nos países da CPLP e em Macau.
 
 
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário