COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

terça-feira, 14 de julho de 2015

Filipa César vence Grande Prémio do Curtas de Vila de Conde

O Grande Prémio do 23.º Festival de Curtas de Vila de Conde, que termina este domingo, foi atribuído a Mined Soil, da realizadora portuguesa Filipa César.


É um projecto documental e experimental que faz a ligação entre o processo de independência da Guiné-Bissau e as pesquisas do político e agrónomo guineense Amílcar Cabral em Portugal. O filme de 33 minutos deu origem a uma exposição, inaugurada em 2013 na Noruega, e foi apresentado este ano no Festival Internacional de Cinema de Roterdão.

"Este trabalho chama a nossa atenção para questões macroeconómicas contemporâneas no seguimento das crises europeias, em que países como a Grécia e Portugal têm sido obrigados a procurar riqueza de novas maneiras que podem ter consequências sociais e ambientais profundas", pode ler-se no site do festival. Filipa César conta "não só a história destes 47 km2 de paisagem portuguesa – entre tantas outras ausentes da atenção dos media –, mas fala também das operações neocolonialistas que voltam a atacar o solo europeu".

Na Competição Nacional, o Prémio para o Melhor Filme foi para Maria do Mar, de João Rosas, que conta o fim de semana de dois irmãos e os seus amigos, na zona rural de Sintra, nos arredores de Lisboa.

O nomeado do Festival para os Prémios de Cinema Europeu/2015, na categoria de Melhor Curta-Metragem, é Kung Fury, de David Sandberg, da Suécia, que venceu também o Prémio do Público.

Na Competição Internacional foram ainda entregues o Prémio Ficção a Beech Week, de David Raboy, dos Estados Unidos, Prémio Documentário Manoel de Oliveira a Bear, de Pascal Florks, da Alemanha, o Prémio de Animação, a Mynarski chute mortelle, de Matthew Rankin, do Canadá, e o Prémio Experimental, que distinguiu The Dent, de Basin Magdy, do Egipto.

Na Competição Curtinhas, o Prémio para o Melhor Filme, no valor de mil euros, foi para The Present, de Jacob Frey, da Alemanha, tendo sido distinguidos, com menções honrosas, Frenemy, de Vera Lalyko, também da Alemanha, e A single life, de Job Roggeveen, Joris Oprins e Marieke Blaauw, da Holanda.

A curta de quatro minutos Movin up – X-Wife, de André Tentugal (também músico dos We Trust) arrecadou o Prémio Vídeo Musical, no valor de 750 euros.

Na Competição Nacional, além de Maria do Mar, foram distinguidos três outros filmes. O Prémio do Público foi para Amélia & Duarte, de Alice Eça Guimarães e Mónica Santos, uma coprodução luso-alemã, que recebeu também o Prémio Canal Plus. O Prémio para Melhor Realizador foi para Margarida Lucas, pelo filme "Rampa".

O Festival, que se iniciou no passado dia 4 e que exibiu 221 filmes, entregou a Bétail, de Joana de Sousa, de Portugal, quatro galardões, designadamente os prémios Instituto Português do Desporto e Juventude, Smiling, Agência da Curta Metragem e Restart, no valor total de 2.600 euros. Sala Vazia, de Afonso Mota, também de Portugal, recebeu uma menção honrosa.
 
 
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário