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Joseph Pulitzer

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cabo Verde reduz taxa de pobreza crónica

Cabo Verde reduziu a pobreza crónica de 49% na década de 1990 para cerca de 26% em 2014, tornando o arquipélago o país lusófono que mais reduziu a taxa de pobreza nos últimos 15 anos, segundo dados divulgados sexta-feira pelas Nações Unidas.


Os dados divulgados por ocasião do Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza (17 de outubro) indicam que Cabo Verde reduziu também, no mesmo período, a subnutrição crónica na faixa etária entre os zero e os cinco anos de 16% para 9,7% e a subnutrição aguda de 6% para 2,6%.

Caso relativo de sucesso ocorreu também em Angola, onde as estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica destacam o facto de que, em 2000, quase 92% da população vivia com menos de dois dólares americanos/dia, valor que, dez anos mais tarde, baixou para 54%, prevendo-se que, em 2015, possa descer ainda mais, atingindo 36,7%.

No entanto, as estatísticas indicam também que há ainda entre 7,1 e 9,2 milhões de angolanos na pobreza.

A fome e a pobreza afectam 16% dos cerca de 250 milhões de lusófonos, excluindo Portugal, enquanto a Guiné-Bissau e a Guiné Equatorial registam uma taxa de 75% de pobres, segundo dados oficiais de várias instituições internacionais.

Ao longo da última década, porém, Angola, Brasil e Cabo Verde têm melhorado os respectivos índices, com particular destaque para o país sul-americano que, em 12 anos, "desapareceu" do mapa mundial da fome (de 10% em 2002 para 1,7% em 2014), já abaixo do limite de 2,3%, considerado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) o patamar de "erradicação", envolvendo, ainda assim, 3,4 milhões de pessoas, segundo dados do Governo.

Os casos mais extremos ocorrem na Guiné-Bissau e na Guiné Equatorial, que registam três casos de pobreza por cada quatro habitantes, facto agravado por a primeira manter 45% dos 1,7 milhão de habitantes em pobreza extrema e a segunda não conseguir obter melhorias nos resultados, apesar de ter o maior rendimento per capita da África Subsariana.
 
 
 
 

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