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Joseph Pulitzer

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Economia timorense deverá crescer 6,8% este ano

O Banco Mundial prevê que a economia timorense cresça este ano 6,8%, menos duas décimas do que em 2014, acelerando uma décima por ano até 2017, segundo um estudo semestral sobre as economias do sudeste asiático e pacífico.


Estes valores, detalhados na última edição do "East Asia Pacific Economic Update", indicam que o crescimento em Timor-Leste será, este ano, 2,5 pontos percentuais acima da média para os países em desenvolvimento e 2,2 pontos percentuais acima da média dos países em desenvolvimento da região.

Timor-Leste deverá registar este ano o quarto maior crescimento económico de entre os 14 países analisados no estudo, atrás da Papua Nova Guiné (8,7 por cento), da China e do Cambodja, ambos com uma previsão de crescimento de 6,9% para este ano.

O estudo engloba ainda as economias da Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietname, Laos, Myanmar, Mongólia, Fiji e Ilhas Salomão.

A previsão do Banco Mundial é de que a balança comercial timorense fique inalterada, com as exportações a rondarem os 89 milhões de dólares e as importações a permanecerem em torno aos 1.300 milhões de dólares este ano.

Recorde-se que a produção petrolífera é considerada uma actividade não-residente pelo que não faz parte das contas de exportações do país.

No que toca à inflação, o Banco Mundial prevê um aumento do preço do cabaz de compra de 4% este ano, muito abaixo dos 0,4% do ano passado, em que intervieram as cotações favoráveis do dólar.

No que toca às contas públicas, o Banco Mundial refere-se ao aumento de 5% no orçamento do Estado deste ano, face a 2014, e "20% acima do tecto inicial".

O orçamento rectificativo manteve os níveis de gastos "apesar de uma queda dramática no preço do crude" pelo que "o crescimento do Fundo Petrolífero deverá ficar aquém do rendimento sustentável pela primeira vez".

O relatório nota a melhoria na taxa de execução orçamental em 2014 (quase 90%) antecipando-se que a execução "continue a melhorar" este ano.

O estudo reconhece o impacto da queda no preço do crude em Timor-Leste, onde o sector petrolífero é "de importância central para as receitas públicas" e para a economia nacional, evidenciando as "pressões" que continuam a sentir as "pequenas económicas dependentes das indústrias extractivas".

O Banco Mundial refere-se ainda à "produção mais fraca" de café, a única exportação de Timor-Leste, e à aceleração nas importações "devido a um crescente programa público", o que teve um impacto negativo na balança comercial.

No final de junho deste ano, o Fundo Petrolífero tinha um valor de 16,86 mil milhões de dólares, com o saldo a registar um aumento moderado no último ano "devido à antecipada desaceleração na produção petrolífera, queda nos preços do crude e níveis persistentemente elevados de levantamentos para o orçamento" timorense.

"O Banco Central também controla reservas estrangeiras significativas, suficientes para cobrir centenas de meses de importações", sublinha o relatório.

Manter a sustentabilidade do fundo é, para o Banco Mundial, um dos principais desafios de Timor-Leste já que o Estado está a gastar quase o dobro do que poderia para manter o fundo em níveis sustentáveis.

Na sua análise, o Banco Mundial considera que há "relativamente pouco risco" para os países-ilha do Pacifico devido à volatilidade dos mercados financeiros globais, já que a sua exposição é limitada, ainda que possível.

Timor-Leste, recorda, tem grande parte das suas poupanças nacionais no Fundo Petrolífero - que por sua vez investe nos mercados financeiros internacionais - pelo que, apesar da natureza diversificada desses investimentos, o retorno pode ser "adversamente afectado" pela turbulência internacional.



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