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sábado, 2 de novembro de 2013

Centrais sindicais mostram indignação com Serifo Nhamadjo

Os líderes das duas centrais sindicais da Guiné-Bissau, Estevão Gomes Coa e Filomeno Cabral, tornaram públicas as suas indignações para com o Presidente de transição Manuel Serifo Nhamadjo, esta sexta-feira, 1 de Novembro, face ao silêncio deste em relação à greve do sector da Educação, que decorre há mais de 30 dias.



Em conferência de imprensa onde a PNN esteve presente, Filomeno Cabral, que falou em nome da União Nacional de Trabalhadores da Guiné
(UNTG) e da Confederação-geral de Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSIGB), sublinhou que Serifo Nhamadjo se preocupou mais com a nomeação do Director-geral do Instituto Nacional de Segurança Social.

«Apresentamos a nossa indignação pela forma como o Presidente de transição se tem relacionado com a inexistência de aulas nas escolas públicas, antes e após a sua ausência do país durante 15 dias, preocupando-se mais com a indigitação do Director-geral do Instituto», referiu Filomeno Cabral.

Perante esta situação, o responsável sindical disse que as duas organizações se reservam no direito de apresentar um pré-aviso de greve geral de dois dias, num acto de solidariedade para com os professores, caso não haja soluções para os problemas que afectam o sector do Ensino devido à ausência de aulas.

Em relação às greves em curso nas outras instituições públicas, os responsáveis máximos da UNTG e da CGSIGB manifestaram igualmente a sua solidariedade para com as organizações em luta.

A convocação, o mais rápido possível, da reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, enquanto espaço criado para dirimir os conflitos laborais e sociais, a criação de uma comissão «ad-hoc» para análise e fixação de preços de produtos de primeira necessidade como forma de evitar a subida de preços dos mesmos, constam entre as exigências dos sindicalistas.

Referente à situação da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), onde os funcionários bloquearam a entrada de contentores, na manhã desta sexta-feira, a UNTG e a CGSIGB apelaram ao diálogo entre o Governo e o sindicato de base, para a procura de uma solução para o diferendo.

Entretanto, a Confederação Nacional de Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) anunciou também, esta terça-feira, 29 de Outubro, em conferência de imprensa, a paralisação da administração pública do país, incluindo os mercados, como forma de protesto contra a falta de aulas na Guiné-Bissau.

(in:pnn)
 

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