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Joseph Pulitzer

sábado, 2 de novembro de 2013

Protesto contra privatização bloqueia o porto

Os trabalhadores da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) encerraram com contentores as portas da empresa em protesto contra uma alegada intenção de privatização da empresa pública por parte do governo de transição. 

 De acordo com Hélder Gomes, presidente do sindicato de base da APGB, chegou ao conhecimento dos trabalhadores que a empresa "estaria na eminência de ser concedida" a um grupo francês.

"A lei que cria a APGB diz claramente que, em caso de qualquer intenção de venda ou concessão, os trabalhadores devem ser consultados e isso não aconteceu", salientou o sindicalista.

Hélder Gomes diz que o que se passa "é um verdadeiro abuso de autoridade" por parte do ministro de Estado do governo de transição responsável pela pasta dos Transportes e Telecomunicações, Orlando Viegas.

O sindicalista afirma que Orlando Viegas "não tem competência" para proceder à concessão ou venda da empresa, porque o executivo "não foi eleito" pelo voto popular.

"Vender ou conceder a APGB só pode ser decidido por um governo eleito pelo povo guineense e não por um governo de transição", notou Hélder Gomes, que pede a intervenção do presidente de transição, do chefe das Forças Armadas e do representante do secretário-geral das Nações Unidas, Ramos-Horta.

"Apelamos à intervenção dessas individualidades antes que seja tarde, porque o que querem fazer com a APGB vai trazer problemas neste país", observou Gomes.

(in:lusa)


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