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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Economia: Lembrar ou o desejo de convencer ??

1ª  ESTÓRIA:

2ª ESTÓRIA

  • Com um crescimento estimado de 2.6% em 2014 (contra 0.9% em 2013) e de 3.9% em 2015, a recuperação económica prossegue, mas continua a ser altamente dependente do clima sociopolítico, do desempenho do sector do caju e da ausência de contágio do vírus Ébola a partir de países vizinhos.
  • A normalização sociopolítica permitiu o regresso efectivo dos parceiros técnicos e financeiros e uma melhor situação orçamental, ainda que a capacidade do Estado para expandir a sua base fiscal, gerir a massa salarial e melhorar as cobranças seja determinante para a recuperação a médio prazo.
  • Nos últimos anos, o contexto humano e social deteriorou-se e as prestações sociais permanecem bem abaixo das necessidades, dada a precariedade dos recursos públicos.

Depois de um período de transição, marcado por uma desaceleração da economia, o regresso à ordem constitucional permitiu uma recuperação do crescimento estimado em 2.6% em 2014, contra 0.9% em 2013 e -2.2% em 2012. Impulsionado pela normalização política e pelo regresso dos parceiros técnicos e financeiros (PTF) ao país, o crescimento foi também impulsionado pelas exportações de caju, contrariamente a 2013. No entanto, este crescimento renovado permanece frágil, dados os grandes problemas estruturais, o baixo nível das infraestruturas e do capital humano, e a fragilidade da governação económica.

A taxa de crescimento pode chegar a 3.9% em 2015 e 3.7% em 2016, em função do clima sociopolítico, do resultado do impulso da campanha agrícola de bens alimentares, da campanha da castanha de caju, mas também dos progressos realizados em matéria de governação económica e orçamental. Com uma taxa de pressão fiscal entre as mais baixas da zona da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e um rácio receita/massa salarial elevado, a capacidade do Estado para mobilizar recursos fiscais e gerir a sua massa salarial será decisiva. A segurança alimentar continua ameaçada pela volatilidade das campanhas agrícolas. Em 2015, a produção de arroz deverá cobrir apenas três meses de consumo. Além disso, a expansão do vírus Ébola na Guiné-Bissau a partir da vizinha Guiné representa uma ameaça real que poderá destruir os esforços de desenvolvimento, colocando o país em dificuldades económicas e humanas.

Em termos orçamentais, o retorno à ordem constitucional permitiu o regresso efectivo dos parceiros técnicos e financeiros que tinham abandonado o país na sequência do golpe de estado. A reactivação dos acordos de pesca com a União Europeia e o desembolso da primeira parcela do apoio orçamental europeu, em dezembro de 2014, melhorou a situação orçamental e afectou positivamente o crescimento. Em 2014, o saldo primário deverá situar-se em -2.0% do PIB. Quanto à inflação, a mesma será revista em alta por influência da subida da procura, situando-se nos 2.6% em 2015 e 2.4% em 2016.

A situação social continua a ser preocupante. O país tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH). Na área da saúde, as prestações continuam aquém das necessidades, dada a fragilidade dos recursos do Estado. Na educação, o desempenho encontra-se abaixo das médias regionais. Além disso, os múltiplos problemas orçamentais dos últimos anos provocaram a acumulação de pagamentos em atraso e numerosas greves perturbaram o ano lectivo 2013/14.
 
 
 
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