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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cabo Verde é o país lusófono que mais reduziu a pobreza crónica na última década e meia- ONU

Cabo Verde é o país lusófono que mais reduziu a pobreza crónica na última década e meia, passando de 49% na década de 1990 para cerca de 26% em 2014, segundo os dados das Nações Unidas.


Os dados das Nações Unidas, citados pela Lusa, adianta que o arquipélago reduziu também, no mesmo período, a subnutrição crónica na faixa etária entre os zero e os cinco anos de 16% para 9,7% e a subnutrição aguda de 6% para 2,6%.

A fome e a pobreza afectam 16% dos cerca de 250 milhões de lusófonos, excluindo Portugal, com Guiné-Bissau e Guiné Equatorial a registarem uma taxa de 75% de pobres, segundo dados oficiais de várias instituições internacionais.

Ao longo da última década, porém, Angola, Brasil e Cabo Verde têm melhorado os respectivos índices, com particular destaque para o país sul-americano que, em 12 anos, “desapareceu” do mapa mundial da fome (de 10% em 2002 para 1,7% em 2014), já abaixo do limite de 2,3%, considerado pela FAO o patamar de “erradicação”, envolvendo, ainda assim, 3,4 milhões de pessoas, segundo dados do Governo.

Os casos mais extremos ocorrem na Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, em que ambas registam três casos de pobreza por cada quatro habitantes, facto agravado por a primeira manter 45% dos 1,7 milhões de habitantes em pobreza extrema e de a segunda não conseguir obter melhorias nos resultados, apesar de ter o maior rendimento ‘per capita’ da África subsahariana.

A mesma situação acontece em Moçambique, onde o índice de pobreza, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), se manteve estável na última década, apenas com uma ténue melhoria, descendo de 54,7%, para 54% o total da população (de cerca de 26 milhões de habitantes) considerada pobre, o que representa pouco mais de mais de 13 milhões de habitantes.

Moçambique, aliás, referem o Banco Mundial (BM) e o FMI, “falhou” no objectivo de redução da pobreza, que deveria ter chegado aos 42% em 2014, embora ambos se mostrem optimistas face à diminuição da fome (de 56% no final da década de 1990 para 24% em 2014).

Os resultados práticos, porém, são trágicos, porque Moçambique regista uma média de 80 mil mortos por ano devido à desnutrição crónica, que afecta cerca de 40% da população.

Outra situação grave acontece em São Tomé e Príncipe. Um estudo do Governo com apoio da Organização Internacional o Trabalho (OIT) indica que 63% dos cerca de 195 mil habitantes é considerado pobre, com 14% deles em pobreza extrema e uma taxa de desemprego entre a população activa a rondar os 70%.

Timor-Leste, por seu lado, tem reduzido gradual, mas também tenuemente, o índice de pobreza no país, segundo a FAO, em que, actualmente, cerca de 41,1% da população vive abaixo do limiar da pobreza, com a subnutrição a registar níveis mais animadores, descendo de 400 para 300 mil o número de subalimentados.

Caso relativo de sucesso passa-se em Angola, onde as estatísticas do FMI e do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica destacam o facto de que, em 2000, quase 92% da população vivia com menos de dois dólares/dia, valor que, dez anos mais tarde, baixou para 54%, prevendo-se que, em 2015, possa descer ainda mais, atingindo os 36,7%.

No entanto, indicam também os mesmos números, alguns deles contraditórios, há ainda entre 7,1 e 9,2 milhões de angolanos na pobreza.

Hoje assinala-se o Dia mundial da Alimentação, tendo sido criada, nesta data, em 1945, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), enquanto a 17 de Outubro comemora-se o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza.
 
 
 
 

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