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Joseph Pulitzer

domingo, 16 de novembro de 2014

FARP e a sociedade

Na Guiné-Bissau, Forças Armadas celebram hoje 50 anos de existência debaixo de contestação da população pelas "atrocidades e instabilidade" de que são mentores, reconheceu o chefe da instituição, general Biaguê Nan Tan.



Na hora de balanço da existência dos cinquenta anos das Forças Armadas, o chefe da instituição, o general Biaguê Nan Tan, disse que apesar de um passado glorioso, hoje os militares guineenses são vistos como "criadores de instabilidade e gente que até mete medo à população".

Segundo o chefe de Estado Maior as Forças Armadas da Guiné Bissau transformaram-se numa instituição que em vez de proteger o povo "espancava e amedronta a população" e em vez de se submeter ao poder político cria instabilidade ao governo.

O general Biaguê Nan Tan recordou ainda que no passado o militares eram um exemplo para os países africanos de língua portuguesa, tendo mesmo ajudado muitos a conquistar a independência e a manter a paz, mas hoje são os militares desses países que aconselham a Guiné-Bissau sobre como encontrar a estabilidade.

Para o chefe das Forças Armadas tudo isso tem de ser mudado, defendo por isso a formação para os mais jovens que terão de substituir os veteranos no âmbito da reforma das Forças Armadas. Brevemente será aberta uma escola de estudos militares em São Vicente e a partir da qual serão feitas as promoções e graduações de soldados e oficiais.

O chefe de Estado maior general das Forças Armadas aproveitou as comemorações do quinquagésimo aniversário da criação da instituição militar para reafirmar o seu compromisso de subordinação total ao poder político democraticamente eleito.

As Forças Armadas foram criadas pelo PAIGC a 16 de Novembro de 1964 na localidade de Cassaca, no sul da Guiné-Bissau.

O general Nan Tan disse ter chegado a altura de preparar "a passagem de testemunho" dos ex-guerrilheiros para uma "tropa moderna e republicana", tarefa para qual disse contar com a colaboração de todos os veteranos da instituição.

(foto: Liliana Henriques)

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