Em Bissau, acreditam estar para breve a queda do governo de Carlos Correia (PAIGC) e já se aventa a possibilidade de tal ocorrer já na próxima quinta-feira, 14. É essa, também, a previsão do África Monitor, que na sua última edição avança com a data.
Prevê-se, ainda, que o próximo executivo da Guiné-Bissau venha a receber o apoio do Partido da Renovação Social (PRS), de dissidentes do PAIGC e de personalidades ligadas ao Presidente da República, José Mário Vaz. Para a chefia do governo, o nome mais aventado é o de Soares Sambú, um dos mais prestigiados dissidentes do partido actualmente no poder.
A análise do África Monitor coincide com a opinião da maioria dos observadores em Bissau, que apontam José Mário Vaz como o inspirador de mais uma mudança de executivo. E há relatos de que o PR se tem desdobrado em reuniões com vários sectores políticos.
A iminente queda do governo de Carlos Correia decorre de um acórdão do Supremo Tribunal, com data de 4 de abril, onde se determina que os quinze deputados do PAIGC, que se rebelaram contra a direcção do partido e pediram o estatuto de independentes, regressem ao Parlamento no pleno uso das suas funções.
A decisão do tribunal aconteceu após um recurso interposto pelos deputados que foram expulsos do Parlamento com a alegação que o regimento da Assembleia Nacional Popular não admitia o estatuto de independente.
Com o regresso dos parlamentares dissidentes e a convocação do plenário para dia 14, o mais provável é que uma moção de censura provoque a queda do governo do PAIGC. E, nesse sentido, o PR já “mexe os cordelinhos” para se encontrar uma outra solução decorrente da nova maioria parlamentar (PRS e dissidentes do PAIGC).
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