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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Arquivo e Museu da Resistência Timorense amplia exposição permanente

O Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT) em Díli anunciou hoje que ampliou a sua exposição permanente, integrando vários elementos doados no passado ao acervo, considerados de "elevado valor histórico patrimonial".


Entre os objetos conta-se um aparelho de rádio usado pela Radio Maubere para comunicar para a Austrália, nos primeiros anos da luta de resistência (1975 e 1978) e que foi doada ao AMRT pelo secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri.

Usada como única forma de comunicação entre Timor-Leste e o exterior depois da invasão indonésia, a 7 de dezembro e até dezembro de 1978, a Rádio Maubere esteve, muitas vezes, em movimento pelas montanhas do país.

Com emissões em português, inglês e tétum, a rádio permitiu à Fretilin enviar mensagens codificadas para o exterior que, nos primeiros anos, permitiram perceber a dimensão de algumas das primeiras grandes operações das forças invasoras da Indonésia.

Na Austrália as comunicações eram recebidas por um grupo de timorenses e ativistas australianos que também movimentavam o recetor entre vários locais dentro e fora da cidade de Darwin, no norte do país.

Integrados e expostos a partir de hoje estão também objetos pertencentes a vítimas identificadas do massacre de Santa Cruz, a 12 de novembro de 1991, que foram doadas pelas famílias das vítimas e pelo Comité 12 de Novembro.

Recorde-se que o massacre foi filmado pelo jornalista inglês Max Stahl e a divulgação das imagens internacionalmente é considerado um dos momentos de viragem na resistência timorense à ocupação indonésia.

Os objetos foram doados em 2014.

A exposição permanente do AMRT conta também a partir de hoje com uma pintura de Xanana Gusmao, feita em 1994, enquanto o então líder da resistência esteve detido na prisão indonésia de Cipinang em 1994, para oferecer ao Nobel da Paz, José Ramos-Horta.

A pintura foi doada em 2013.

O AMRT foi criado em 2005 "para a preservação da memória e do património histórico nacional e para a divulgação dos valores da luta de resistência do povo de Timor-Leste, especialmente junto das camadas mais jovens".
 
 
 
 

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