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sábado, 21 de novembro de 2015

Portugal: Os vários arguidos dos "Vistos Gold"

O Ministério Público português já deduziu a acusação do processo dos “Vistos Gold”, um alegado esquema de favorecimento de empresas que envolvia o ex-ministro da Administração Interna e altos quadros do Estado.

 
Entre os acusados, está o angolano Eliseu Bumba e a sua empresa Lusomerap. Além de empresário, é jurista e terá desempenhado funções na Embaixada angolana em Lisboa.

A acusação, citada na imprensa portuguesa de hoje, refere que a empresa de Bumba, Merap Consulting, era responsável por angariar clientes de “vistos dourados”, autorizações de residência temporária em Portugal, concedidas em contrapartida pela aquisição de imóveis ou transferências financeiras de alto valor. O jornal Correio da Manhã noticiou recentemente que Bumba era intermediário e terá recebido "luvas" pelos clientes angariados.

Eliseu Bumba terá ligações diretas a António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, e um dos principais arguidos do processo. Em causa está ainda um protocolo assinado entre o Ministério da Justiça de Angola e Portugal, para formação de quadros. Envolvia a viagem a Angola dos formadores, com os custos a serem assumidos pelo Estado, enquanto Figueiredo e outros quadros terão trabalhado para a Merap Consulting.

Ao todo, o Ministério Público deduziu acusação contra 21 arguidos. Entre as 17 pessoas, há 3 chineses, além do angolano. Quatro empresas terão sido favorecidas: Intelligent LifeSolutions, JAG – Consultoria e Gestão, Formallize e Lusomerap. O ex-ministro Miguel Macedo é um dos arguidos.

Com sede na vila da Batalha, distrito de Leiria, a Lusomerap descreve-se como uma “empresa prestadora de serviços nas áreas da contabilidade, fiscalidade, Gestão de Recursos Humanos, consultoria e Apoio à Gestão”. O site da empresa indica Eliseu Bumba entre os membros do Conselho de Gerência.

Formado em Direito, Eliseu Bumba é um dos co-autores do livro “Código de Registo Civil e Legislação Complementar, Comentado e Anotado”, segundo a Angop. Segundo o site Notícias Lusófonas, o empresário já foi primeiro secretário do Consulado de Angola em Lisboa.
 
 
 
 

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