A delinquência juvenil diminuiu nos últimos tempos em Cabo Verde, indicou hoje fonte policial, salientando que vários factores contribuíram para esse retrocesso e que o que mais tem acontecido no país são roubos.
"A delinquência juvenil é uma realidade que não é permanente, é cíclica. Ultimamente temos constatado um certo retrocesso da delinquência juvenil, não tem ocorrido com a frequência de antigamente. Neste momento, o que tem acontecido mais são roubos", informou Manuel Alves, porta-voz da Polícia Nacional (PN) de Cabo Verde.
Mesmo sem avançar números, Manuel Alves salientou que para a diminuição de casos de delinquência juvenil no país não contribuíram apenas as medidas policiais, uma vez que são fenómenos sociais e humanas, com fases transitórias e que também carecem de medidas, por exemplo, a nível da educação.
"Um indivíduo pode ter um comportamento este ano e no próximo ano, nos próximos dois anos, ele poderá comportar-se de forma diferente porque é um tipo de delinquência que está muito relacionado com a faixa etária", sustentou o policial.
O responsável policial apelou, por isso, a mobilização da sociedade cabo-verdiana, no sentido de evitar que tais comportamentos e que as reincidências aconteçam.
Manuel Alves falava em conferência de imprensa para dar conta do programa das comemorações dos 145 anos da criação do primeiro corpo de polícia em Cabo Verde, que se assinala no próximo dia 15 de novembro.
Em Cabo Verde, há uma polícia antes da independência, que foi denominada de Polícia de Segurança Pública (PSP), e outra depois da independência, que foi designada de Polícia de Ordem Pública (POP).
A Polícia Nacional (PN) foi criada em 1995, congregando os vários ramos, como a Polícia de Ordem Pública, a Guarda Fiscal e Polícia Marítima.
Até o dia 15 de novembro, a PN cabo-verdiana vai realizar diversas actividades públicas nos principais centros urbanos do país, com destaque para a Cidade da Praia onde, além do ato central do dia 15, será realizada uma corrida de proximidade, operações de trânsito, uma feira de segurança pública, palestras, demonstrações, etc. "Tudo numa perspectiva de ter a população esclarecida sobre aquilo que a polícia pode fazer e aquilo que não deve fazer", terminou Manuel Alves.
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