No que estou a pensar? Nesta roda vida: um país que, justamente, queremos o mínimo, para poder pensar no máximo.
Expurgo-me: «Aqui, quem fala de regras, critérios, princípios e honra, valores, sonhos, visão, probabilidades e possibilidades, harmonia, consenso; esse alguém, nos tempos dos interesses em presença ( que já duram ad eterno), é persona non grata, todos o criticam e deitam abaixo com os slogans standards, ainda do Estado de partido único. Preferencialmente, esse alguém deve ser dizimado da arena política.». Perguntem-me! Pois, para o poder presente e seus apoiantes, nada presta que não lhes seja a favor ('Se não estás comigo és contra').
Naturalmente que não acredito na receita do prato que nos apresentaram na mesa para contornar o incontornável e que já está no chão. Assim como, por patriotismo e inconformismo, não me rendo ao que tenho ouvido nas rádios do país: «Protectorado da ONU».
E agora?
Bem, falo para vós. E porque não?
Uns dias maus, acordamos e pensamos: «Mais vale fugir deste descalabro. Como outros o fizeram, de todas as franjas sociais. Pensar em nós próprios, nossos filhos, nossa família, no profissional e no necessário para viver com dignidade, do que insistir num país que nem sequer tem uma reforma mínima para os que efectivamente trabalharam. Ou então, vender a consciência e por aqui ficar, como outros o fizeram. Afinal somos humanos!».
Outros dias bons, levantamos da cama com o pé direito, com laivos de semi-optimismo e dizemos: «E os que não foram? Quais os que pensam trabalhar nesta Guiné-Bissau? Quem e quais os que pensam por todos e que farão a diferença, trazendo os que estão fora?». E, nesses bons dias, acredito piamente que, nos poucos 35 mil e tal Km² e os pouco mais de 1 milhão e meio de habitantes, APENAS UMA DÚZIA de patriotas, idóneos, com visão, com preparação, experiência, humanistas e universalistas, estudiosos da realidade nacional e competentes, FARIAM IMEDIATAMENTE A DIFERENÇA EM APENAS 24 MESES. Não os tais, os de sempre, do vira o disco e toca o mesmo, com pinceladas e novas rotações ilusórias.
Por isso, com os dados que necessariamente possuo, como não podia deixar de ser, defendo a CONSTITUINTE, em prol do texto que nos proclamou como ESTADO SOBERANO E INDEPENDENTE EM 1973.
Porque senão, continuaremos: «Venha o Diabo e escolha!»
Mais uma vez, lamento pela frontalidade exigível.
Um abraço compatriotas.
Carmelita Pires, 12/11/2015
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