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Joseph Pulitzer

terça-feira, 12 de abril de 2016

Ruina chinesa garantida no pais a exemplo de outros....

O Hospital Central de Luanda, construído por empresas chinesas, teve de ser evacuado dois anos (repete-se: dois anos) após a sua inauguração por risco de desmoronamento.

 
As imagens apresentadas não são do Hospital Central de Luanda, mas são verdadeiras – apesar de se assemelharem a uma fantasia da Legolândia. Situado a cerca de trinta quilómetros a sudeste de Luanda, Kilamba Kiaxi é o rosto mais conhecido de um projecto de construção habitacional que prevê a edificação de 36 cidades-satélite em Angola.
 
Erguido em menos de três anos pela China International Trust and Investment Corporation, Kilamba Kiaxi é composto por 750 arranha-céus. Custou 3,5 mil milhões de dólares.
 
A comercialização dos apartamentos acabou por ir parar à Sonangol, que criou uma subsidiária para tratar da venda deste mega-empreendimento, a SONIP. A SONIP, por sua vez, subcontratou a venda do Kilamba à Delta Imobiliária, uma empresa privada que era propriedade de Manuel Vicente e do general Kopelipa, entre outros, a quem foi adjudicado o contrato de venda sem lançamento de concurso público.
 
Os preços são inacessíveis para 95% dos angolanos, com as casas mais baratas a custarem 125 mil dólares. Os bancos privados não estavam interessados em disponibilizar crédito para a compra destas habitações. E, em meados de 2012, apenas 300 dos 3180 apartamentos do Kilamba haviam sido vendidos. 
 
Aproximando-se as eleições, o governo decidiu disponibilizar 43 apartamentos a cada ministério, dando ordens para que os mesmos fossem distribuídos entre os altos funcionários. Na campanha eleitoral, o MPLA mostrou imagens de famílias felizes a viver no Kilamba. Mas havia um problema: essas famílias não viviam lá, foram só ao Kilamba para tirar fotografias de propaganda. O Kilamba é hoje uma cidade-fantasma, ou perto disso.
 
 


 

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