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Joseph Pulitzer

sábado, 7 de novembro de 2015

18 mil quilómetros para entregar água a quem não a tem

O jovem já passou por Portugal e disse ter ficado com uma perspectiva interessante das famílias tradicionais portuguesas. Charlie Christensen é um dinamarquês que optou por parar durante dois anos e meio para caminhar 18 mil quilómetros. O seu objectivo? Levar água a quem não a tem.


O seu destino é chegar a Lengasti, uma remota aldeia da Tanzânia. Partiu há meio ano da Dinamarca e, desde então, tem percorrido as estradas europeias e já conseguiu angariar 400 mil euros para providenciar um sistema de abastecimento de água potável àquela região.

"Em 2013, estive lá a fazer voluntariado num orfanato e apercebi-me das dificuldades com que viviam. Para ter água, precisavam de percorrer 19 quilómetros até à aldeia mais próxima e transportavam-na em baldes, com a ajuda de mulas. Perdiam quase um dia inteiro", relata Charlie.

Depois de regressar à Dinamarca decidiu criar a página 'Walking for water', onde se pode acompanhar toda a aventura, e lançou-se à estrada, numa "peregrinação filantrópica", como a caracteriza.

"Pelos sítios por onde vou passando, vou contactando as empresas locais para conseguir patrocinadores. Por exemplo, dirijo-me muitas vezes às empresas de águas para que o nosso logo possa aparecer nas garrafas e uma parte das vendas reverta para nós. Sabendo que estão a contribuir para algo assim, as pessoas compram mais rapidamente", indica ao Jornal de Notícias.

Saiu de Esbjerg, cidade em que vive, e já percorreu três mil quilómetros. Passou por sete países diferentes, mas terá de caminhar ainda por mais 28 países. Charlie já passou mesmo por Portugal.

Na página de Facebook, relatou o momento em que esteve hospedado na casa de uma portuguesa, que o abrigou em Ponte de Lima. "A minha estadia deu-me uma perspectiva interessante das tradicionais famílias portuguesas, com polvo na mesa de jantar", lê-se

"A linda casa estava cheia de pinturas antigas e relíquias familiares nas paredes com mapas antigos, espadas e fotografias de Portugal", acrescenta.

Mas as dores já se começam a sentir, pois além da mochila que trás às costas, anda sempre com um carrinho, onde transporta a tenda, roupas e uma mini cozinha improvisada.

Há pessoas que lhe oferecem alojamento em regime de couchsurfing. Caso contrário, acampa. Quando se sente cansado pensa no seu lema: caminhar para que outros não tenham que o fazer.

"Sei que não posso mudar o Mundo sozinho, mas acredito que posso inspirar pessoas a acreditar que é possível fazer alguma coisa. Muitas pessoas vêem que algo está errado, mas parece uma tarefa tão grande que preferem dizer que não podem fazer nada", termina.
 
 
 
 

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