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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"A permanente instabilidade política em Bissau continua afectar negativamente a vida de estudantes no Senegal"

Segundo Badilé Domingos Sami, Presidente da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Dakar, a permanente instabilidade política em Bissau continua afectar negativamente a vida de estudantes no Senegal. Badilé Domingos Sami disse à PNN que esta situação é bastante “stressante” na vida estudantil dos seus associados, e lembrou que todos os estudantes que frequentam diferentes cursos e formações em Dakar, estudam por conta própria e quando ressurgem crises políticas na Guiné-Bissau provocam atrasos no pagamento dos salários que afectam violentamente a vida estudantes.


“Isto afecta francamente porque a maioria dos nossos pais são funcionários públicos e se não são pagos os seus salários em tempo, não há como enviar dinheiro para cá e muitas vezes somos obrigados a mudar de curso por falta de dinheiro”, disse.

Outra dificuldade referida pelo Presidente da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Dakar é referente à língua, sendo todavia uma situação que consegue ser ultrapassada pelos novos estudantes depois dos primeiros seis meses após o início da formação.

Por outro lado, Badilé Domingos Sami defende que os pais e encarregados de educação dos estudantes deviam acompanhar mais os seus educandos durante o período de estudo em Dakar, porque, em muitos dos casos, alguns estudantes não frequentam os cursos de formação com regularidades. Para o mesmo responsável associativo a proximidade entre o Senegal e a Guiné-Bissau permite que os pais dos estudantes se desloquem com frequência a Dakar o que seria positivo porque lhe permitiria de conhecerem as escolas e acompanhar o progresso académico dos estudantes

Segundo Badilé Domingos Sami a associação que preside não tem condições para aconselhar, acompanhar ou interceder junto de um estudante guineense se este não o quer fazer. “Muitas das vezes os nossos pais não assumem as suas responsabilidades, alguns enviam os filhos para Dakar, mensalmente enviam dinheiro mas eles não às escolas”, disse.

Em Dakar 536 bolseiros guineenses frequentam, entre outros, cursos de medicina, engenheira informática, marketing e comunicação, assim como economia e seguros.

Na opinião de Badilé Domingos Sami o número de bolseiros guineenses em Dakar e a despesas destes durante a permanência com rendas, propinas, luz, água entre outras, que “rendem muito ao estado Senegal”, deveria ser uma base de reflexão o Governo da Guiné-Bissau para o desenvolvimento do parque escolar e oferta académica aos jovens guineenses.
 
 
 
 

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