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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Câmara de Lisboa leva modelo de policiamento comunitário a Cabo Verde

A Câmara Municipal de Lisboa apresentou hoje o seu modelo de policiamento comunitário na Praia, num projecto orçado em 35 mil euros que pretende melhorar a segurança e o bem-estar dos cidadãos da capital cabo-verdiana.

O projecto de cooperação técnica em segurança urbana é uma proposta da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em parceria com as Câmaras Municipais de Lisboa e da Praia (CMP) e é subsidiado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

Tem como objectivos a capacitação para a segurança e construção de policiamento comunitário e de proximidade na cidade da Praia, que no ano passado registou 9.500 das 23.392 ocorrências criminais no país.

O projecto foi apresentado pelo comandante da Polícia Municipal de Lisboa, superintendente Paulo Costa, no âmbito de uma visita que uma delegação da autarquia lisboeta, encabeçada pelo vereador da Segurança, Protecção Civil e Relações Internacionais, Carlos Manuel Castro, efectua a Cabo Verde.

O autarca indicou que a cidade da Praia serviu como um "bom modelo" para o início do projecto, mas a ideia é levá-lo às cidades de São Tomé e Maputo.

"Queremos abrir uma nova dimensão, que é o âmbito da segurança urbana porque, de facto, hoje em dia as cidades têm um peso preponderante e a Cidade da Praia está a prosperar e está a adaptar-se às novas realidades, tendo a segurança urbana como elemento central", salientou Carlos Castro, para quem o projeto extravasa "e muito" a lógica da segurança.

"Em primeiro lugar, visa servir a população residente na Praia, visando mais segurança, com articulação com a polícia cabo-verdiana, mas ao mesmo tempo visa criar condições nos campos cultural, social, económico, criando novos mecanismos de desenvolvimento porque a segurança é um pilar fundamental", prosseguiu.

Para Carlos Manuel Castro, o modelo não é fixo nem estanque, mas espera que o projecto de segurança comunitária, bastante reconhecido a nível europeu, se adapte à realidade cabo-verdiana e possa começar a produzir frutos num prazo de seis meses a um ano.

A partir de segunda-feira, e durante 15 dias, agentes e uma técnica da Polícia Municipal de Lisboa vão dar formação aos agentes da Guarda Municipal da Praia, instituição criada em 2010 mas que pretende transformar-se em Polícia Municipal.

Para o vereador da CMP, António Lopes da Silva, a segurança hoje em dia não é uma preocupação somente das instituições policiais, daí a necessidade de articulação entre todas as instituições para, no futuro, criar um modelo para a Polícia Municipal da Praia, cidade com cerca de 150 mil habitantes, sendo a sua esmagadora maioria urbana.

"Nós temos consciência que não é só aumentar o número de polícias e guardas que se revolve o problema da insegurança. É preciso articulação e uma intervenção a nível local, porque é aí que está o problema, para podermos ter resultados como tem acontecido em Lisboa, com resultados extremamente palpáveis em bairros que eram muito complicados", elogiou o vereador.

Ainda hoje, as câmaras municipais da Praia, de Lisboa e a UCCLA, liderada pelo seu secretário-geral, Vítor Ramalho, vão assinar um protocolo de cooperação tripartida que irá dar corpo ao projecto de segurança urbana na capital cabo-verdiana.
 
 
 
 

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