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Joseph Pulitzer

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Pilotos norte-americanos acusam política de Obama por fomentar o terror

Quatro antigos pilotos da Força Aérea norte-americana enviaram uma carta ao presidente Barack Obama, criticando em especial a sua indiscriminada utilização de "drones", como causa da morte de "civis inocentes". Esta política, dizem, facilita as campanhas de recrutamento do "Estado Islâmico".


A carta, hoje transcrita na versão online do semanário alemão Die Zeit, vai dirigida a Obama, com cópias para o secretário de Estado da Defesa, Ashton B. Carter, e para o chefe da CIA, John O. Brennan.

Nela se afirma que, "com o correr do tempo, vimos que matávamos civis inocentes, o que apenas acicata sentimentos de ódio, que dão impulso a grupos terroristas como o 'Estado Islâmico' - e ao mesmo tempo [lhes] serve de ferramenta de recrutamento, tal como [a prisão] de Guantanamo Bay".

Depois, sem papas na língua, os quatro pilotos signatários, acusam: "Esta Administração e a Administração anterior [George W. Bush] puseram de pé um programa de drones que é, à escala mundial, uma das mais devastadoras causas de terrorismo e de desestabilização".

Para os quatro pilotos, a tragédia de Paris é algo que não podem observar "em silêncio", porque, conhecendo eles os efeitos terríveis da guerra dos drones, esse silêncio constituiria "uma violação do juramento que prestámos, de apoiar e defender a Constituição".

Por isso mesmo, os quatro pedem a Obama que reconsidere a política de guerra aérea com recurso a drones, embora, acrescentam, "este pedido possivelmente seja em vão, considerando a perseguição sem precedentes contra os whistleblowers que nos precederam - como, por exemplo, Chelsea Manning, Julian Assange e Edward Snowden"

Sobre os seus próprios casos, os quatro pilotos dizem ter desenvolvido sentimentos de culpa por matarem civis e, em consequência, síndromas de stress post-traumático, sendo no entanto abandonados pela Força Aérea que serviram e tendo, depois, sofrido abusos de poder de vária ordem.
 
 
 
 

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