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Joseph Pulitzer

terça-feira, 7 de julho de 2015

Espancado até à morte pela polícia da G-Bissau

Um homem de 37 anos foi encontrado morto na segunda-feira na cela de uma esquadra de polícia em Bissorã (norte do país) com sinais de tortura, disse o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.


"O corpo tinha sinais de espancamento na cabeça, costas e costelas", referiu Augusto Mário da Silva, depois de visitar a morgue do Hospital Simão Mendes, em Bissau para onde o corpo foi transferido.

A transferência do corpo foi decidida pela Polícia Judiciária (PJ) que enviou para Bissorã uma equipa com um médico-legal para apurar as circunstâncias da morte.

"O relatório do médico confirma que a morte se deveu ao espancamento" e que terá ocorrido na noite de sábado, acrescentou.

A PJ já deteve nove agentes da Polícia de Ordem Pública e está a tentar "apurar os detalhes" sobre o sucedido.

Segundo informações recolhidas pela estrutura local da LGDH, o homem tinha sido detido na quinta-feira "por alegados problemas com a família".

Em comunicado, a organização não-governamental LGDH salienta que esta é "a segunda morte em menos de um ano resultante das agressões brutais perpetradas pelos agentes da polícia contra cidadãos indefesos".

Em setembro de 2014, um residente em Bissau "foi espancado por agentes da polícia tendo sucumbido aos ferimentos", num processo que se encontra em julgamento no Tribunal Regional de Bissau.

"Uma corporação policial que elege torturas e espancamentos como seu 'modus operandi' não só constitui um obstáculo à democracia e a paz, mas também traduz numa afronta aos direitos humanos", acrescenta.

"A LGDH condena fortemente este ato criminoso e exige a responsabilização criminal e disciplinar dos seus autores", conclui a instituição.
 
 
 
 

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