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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Investigação portuguesa sobre mosquitos ganha bolsa de Bill Gates

Objectivo é produzir mosquitos em grande escala para actividades de controlo de produção de vacinas e introdução de mosquitos geneticamente modificados ou estéreis para diminuir a transmissão de doenças como a malária ou o dengue.


O Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) ganhou uma bolsa de 93 mil euros da Fundação Bill & Melinda Gates (o homem da MICROSOFT), para desenvolver refeições artificiais para mosquitos, para os produzir em grande escala e utilizar na investigação.

Henrique Silveira é o coordenador do projecto português da Universidade Nova de Lisboa que vai receber perto de 100 mil dólares do "Grand Challenges Explorations", da Fundação Bill & Melinda Gates, um programa lançado em 2008 que já apoiou cerca de 1.160 projetos de mais de 60 países.

Desenvolvida por investigadores do IHMT da Universidade Nova de Lisboa e do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve, a ideia é criar refeições artificiais para mosquitos, de forma a deixar de ser necessário recorrer a sangue, contou à Lusa Henrique Silveira.

A equipa identificou um péptido que circula no sangue humano que, ao interagir com um receptor do mosquito, induz a produção de ovos nos mosquitos e os investigadores querem produzir, com recurso a esse péptido, uma refeição que estimule uma produção de ovos idêntica à obtida com a refeição sanguínea.

A produção de mosquitos em grande escala será útil "para actividades de controlo de produção de vacinas, introdução de mosquitos geneticamente modificados ou de mosquitos estéreis que vão servir para controlar a população de mosquitos que transmitem doenças como a malária ou o dengue", explicou o coordenador do projecto do centro de investigação GHTM - Global Health and Tropical Medicine do IHMT.

"Dieta artificial complementada com um fator de sangue humano" é o nome do projecto liderado por Henrique Silveira e desenvolvido em colaboração com João Cardoso, Deborah Power e Rute Félix do CCMAR, da Universidade do Algarve.

Henrique Silveira lembrou que a produção de mosquitos em grande escala, em laboratório, para efeitos de controlo da doença ou de investigação científica, está sempre dependente de sangue humano ou animal, "o que levanta problemas éticos e de segurança".

O trabalho vai arrancar com os 100 mil dólares, mas a equipa está confiante de que poderá vir a receber mais um milhão para continuar o seu trabalho.

"Nós temos 100 mil dólares para provar a nossa ideia em 18 meses e, depois, se a ideia tiver capacidade de ir mais à frente, poderemos candidatar a uma verba de um milhão à Fundação Bill & Melinda Gates", disse, acreditando que "a ideia tem muito potencial", porque "os dados preliminares indicam que é possível ser executada."

Este projecto é uma das mais de 50 ideias inovadoras financiadas hoje pela Fundação Bill & Melinda Gates.
 
 
 
 

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